" Ninguém é tão grande que não possa aprender e nem tão pequeno que não possa ensinar." Píndaro



terça-feira, 27 de abril de 2010

Hora do Conto - A crista de Dragofu


Continuando com as nossas leituras, lemos uma nova história.
A crista de Dragofu.
Fala-nos de uma familia de dragões, pai, mãe, um irmão e uma irmã. Como todos os dragões , tinham cristas de escamas nas costas, as escams do pai eram muito grandes e macias e ele soltava labaredas de fogo pela boca; a mãe tinha as cristas ainda maiores que as do pai e quando estava calor, agitava-as para refrescar toda a familia.
As cristas de Dragofó (irmão) eram muito bonitas, de cores vivas, e passeava sempre muito orgulhoso. Às vezes à noite o pai soltava labaredas de fogo para verem as escamas do filho e durante o dia a mãe agitava as suas enormes escamas para fazer abanar as escamas coloridas do filho.
As escamas de Dragofu, pelo contrário, não eram grandes, não se moviam, nem tinham cores. Eram pequenas e duras, e eram da mesma cor do corpo.
O pai e a mãe não diziam nada, mas o irmão às vezes implicava com a sua irmã.
Um dia choveu torrencialmente, o que era um problema porque a água apagava as labaredas do pai. Precisamente por isso, o povo saía à caça dos dragões sempre que chovia.
Assim, cercaram os dragões e lançaram as redes, depois arrastaram-nos para um campo rodeado de pedras e prenderam-nos.
Entretanto a chuva parou e o pai conseguiu soltar labaredas de fogo.Mas nada podiam fazer contra os pilares de pedra, a mãe abanava as suas enormes escamas; mas de nada valia, o irmão também com as suas escamas coloridas nada conseguia fazer para sairem dali.
Todos choravam e se lamentavam.
Quando caiu a noite os dragões adormeceram, e Dragofu pensava, pensava... O pai começou a ouvir um ruido estranho, parecido com o de uma serra. Levantou-se e aproximou-se do ruido.
À luz do luar viu Dragofu esticada sobre um dos pilares. Ela movia-se contra as pedras e ao roçar as suas pequenas e duras escamas sobre o pilar, provocava o tal ruido estranho.
Sem abrir boca, Dragofu afastou-se e, ao luar, o pai viu que o pilar de pedra estava quase escavado em mais de metade da sua espessura, graças à serra de escamas de Dragofu.
Silenciosamente, deu uma forte cabeçada e o pilar caiu feito em pedaços, enquanto Dragofu foi acordar a sua mãe e o seu irmão.
Toda a familia percebeu que estava errada e pediram desculpas a Dragofu e o irmão nunca mais implicou com as escamas da sua irmã.

Através desta história percebemos que não somos todos iguais, mas todos temos as nossas qualidades e, por isso devemos ser todos respeitados de forma igual.

Desta vez, fizemos um trabalho colectivo para a nossa sala.

2 comentários:

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Parabens pela conclusao. Para isso serve a leitura para nos fazer pensar e chegar a conclusoes, tais como que nem tudo parece ser o que os nossos olhos enxergam. Existe muito mais do que aparentemente parece ser. Gostei muito. Beijinhos para todos e um bom fim de semana.

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Estou muito orgulhosa por vos ter nos meus blogs, voces os tornam num espaco mais bonito e o mundo tambem.